Tudo parece tão perfeito que a única perfeição espanta-se com algo
não imperfeito. Os objetos aí estão tão perfeitos que até parece impossível a
discussão acerca do que seja o imperfeito. Metafísica sublime, a perfeição move-se ao redor do seu próprio eixo perfeito. Mas, que será essa perfeição? Talvez o corpo
escultural nos templos gregos ou pantheons?
Não. Dir-lhes-ei: o homem, magnífica máquina orgânica, capaz de pensar e
formular desejos expressos em linguagens, exteriorização de um pensamento
estruturado. Mas, essa mesma máquina magnífica orgânica desliza sobre o 'óleo' impuro, vazado da imperfeita manutenção do essencialismo.
Murillo César
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